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Bocejar: para que serve?

Atualizado: 23 de jun. de 2022


(Ilustração: Taciana Ottowitz)


BOCEJAR

O bocejo faz parte também das reações involuntárias ou reflexas que levam à abertura da boca acompanhado de um respirar profundo. Quando você começar a ler sobre bocejo vai sentir vontade de bocejar também...

Aconteceu agora?

Uma das teorias sobre o bocejo afirma que ele é contagioso. Eles já acontecem antes de nascermos, em bebês a partir de 11 semanas no útero...


Fatos interessantes sobre o bocejo:

  1. Durante o bocejo os batimentos do coração podem aumentar em até 30%.

  2. A duração do bocejo é em média de 6 segundos.

  3. Se você vê alguém bocejando, existe uma chance de 5 pessoas entre 10 bocejarem também.

  4. Os cegos bocejam mais quando ouvem alguém bocejando.

  5. Atletas normalmente bocejam antes de uma competição.

  6. Bebes não fazem o bocejo contagioso, bocejam somente espontâneamente, sem copiar

  7. Ler isso aqui faz você bocejar também... Espero que não


A seguir as hipóteses que os cientistas desenvolveram sobre o bocejo, que são bastante interessantes:

  • Hipótese fisiológica: nós bocejamos para aumentar a retirada de oxigênio e colocar para fora o excesso de dióxido de carbono (CO2). Porem, o bocejo deveria aumentar quando estamos fazendo exercício não é? Esquisito então isso?

  • Outra teoria fisiológica foi experimentada mais recentemente e aparentemente bocejamos para resfriar o cérebro. Foram feitos vários experimentos com bolsas d'água quente e fria na testa das pessoas e havia uma maior probabilidade de bocejar quando estavam com bolsa quente. Porque? Aparentemente cérebros resfriados nos faz pensar mais claramente e nos mantem mais alertas...

  • Hipótese evolutiva: aparentemente o bocejo surgiu com os nossos ancestrais para mostrar os dentes quando estavam com raiva. E depois disso serviu como sinal humano para que houvesse uma mudança no que se estava fazendo, principalmente para aquele que está nos contando uma história bem chata e percebe que você está entediado...

  • Hipótese do tédio: a mais conhecida, o bocejo aparece quando estamos cansados, entediados ou sonolentos. Esta tem um pouco também da hipótese evolutiva acima, não...?

Agora sobre os animais (vejam o desenho): todos os vertebrados bocejam (incluindo os peixes) e o mais interessante é que, aqueles que bocejam em grupo (quer dizer, que são “contagiados” pelo bocejo do outro) são os homens, macacos, e cachorros. Isso ocorre devido à capacidade desses animais em sentirem empatia, isto é, perceberem o que o outro está sentindo.

Já para um peixe, essa empatia aparentemente não existe, pois não possuem mudança de expressão, não é verdade? E gato também parece não bocejar por empatia, eles tem também aqueles olhinhos que não mudam a expressão, diferente dos cachorros...

E porquê o bocejo é contagioso ou imitado? Aparentemente possuímos “neurônios espelho”, onde nosso cérebro, quando observa uma ação, segue um caminho neural que é o mesmo circuito de como se estivéssemos fazendo a mesma ação que a outra pessoa. Afinal de contas imitamos os gestos dos outros mesmo sem querer, não é? Por exemplo, quando alguém com quem estamos conversando cruza os braços e nós, sem pensar, fazemos o mesmo...


Legenda da Figura: O bocejo do macaco e cachorro aparentemente ocorrem por empatia, ou seja, são “contagiados” pelo bocejo do outro. No gato, essa empatia não parece ocorrer e o bocejo ocorre por vontade de dormir mesmo (Ilustração: Taciana Ottowitz).


Referências:


1. Provine, R. R. Enigmas do Bocejo. Scientific American - Mente e Cérebro, Setembro 2006.


* Precisando de ajuda para trabalhar em seu artigo procure a Escrever Ciência ou contato com whatsapp (11 996574524) ou flaviapz@assessoriaciencia.com

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